sábado, 16 de janeiro de 2010

Pressão

Gosto de pressão, daquele tipo em que temos de cumprir prazos, alcançar determinados objectivos, a pressão de ter pouco tempo e muitas coisas para fazer, sou sincera, gosto.
Gosto porque quando não tenho tempo organizo-me melhor, não tendo muito tempo para pensar sou mais eficaz, não me perco nos meus próprios sentimentos, comigo funciona.
O que eu não gosto é da pressão á "vendedor". Aquele que não presta nenhum serviço e que serve só para atingir objectivos puramente monetários. Talvez não goste porque não gosto de impingir, de forçar, nem mesmo de insistir, acho mau, acho mesmo degradante para quem a pratica.
Mas sinto este tipo de pressão. Sinto que a única coisa coisa que querem de nós é "números" de preferência altos, a qualquer custo.
Digam me se estou errada.
Onde é que está a motivação disto.
Não seria desejável que as pessoas se divertissem enquanto conseguem atingir objectivos.
Não seria salutar que ir trabalhar fosse mais que um dever.
Será que apesar de tudo o que se aprende nas formações sobre motivação serve só para encher chouriços.
Estou farta de remar contra a maré, de ver recompensar a imbecilidade .

Gosto da pressão do meu trabalho, de lidar com pessoas com tudo o que isso implica, de as ver realizar um sonho e de as acompanhar no processo.
Não gosto mesmo nada da falta de descernimento de algumas pessoas, da falta de modéstia que é muito comum nos vendedores, e pior que tudo da falta de lealdade .

1 comentário:

Cor de Chá disse...

Oh Mónica, entendo perfeitamente. No meu caso, numa área totalmente oposta, sei que faço um excelente trabalho de produção (a prova disso são os fds consecutivos em que não faço mais nada senão trabalhar até às 500) e no entanto sinto-os desiludidos comigo por não atingir os números que eles querem.

E, claro, estou desanimada.