sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Saudade

Deu-me agora uma tal saudade da minha infância que me aperta o coração.
Fui feliz dentro do possível, entre brincadeiras e tolices de miúdos, mas faltou o colo o amor quente de uma mãe que se importa e interessa na felicidade dos filhos. Isso não tive, não.
Mas hoje já não doí tanto porque em todos os outros sectores da vida fui feliz e soberba mente amada.
Á minha mãe digo que não quero ser como ela, nem em frieza nem em nada.
Ao meu pai digo que entendo os erros porque para ele não havia outra escolha, e que lamento que não seja feliz , apesar de estar sempre no nosso coração.
Ao meu marido digo que nunca nos falte amor um pelo outro, nem pelas nossas pequenas.
Ás minhas filhas que nunca se vai esgotar o amor que lhes tenho.
Aos meus irmãos que tudo o que vivemos nos fez assim como somos, carentes mas fortes e verdadeiros.
Aos meus amigos que são quase tudo para mim.

Por isso a saudade fica nos jogos e nos amigos, na escola e nas travessuras, porque o que não fui feliz nessa altura, estou a viver agora aos poucos, e se ás vezes me dá a saudade é daquilo que ainda não vivi, mas que vou viver.

Mais completa.

1 comentário:

Cor de Chá disse...

Fez-me bem ler este teu post. Dá-me alento para o futuro e esperança que aquilo que não vivi o venha a recuperar um dia mais tarde. Que nunca te falte amor verdadeiro e carinho no coração.

Bj**